No último dia 16 de novembro aconteceu em Brasília a sétima edição do FÓRUM DE GESTORES DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA. O foco das discussões ficou centrado na Inovação na Educação em Engenharia, em particular nas Novas Diretrizes para os Cursos de Engenharia.
O Presidente da ABENGE, Vanderli Fava de Oliveira, instituição responsável pela organização do evento, iniciou os trabalhos relatando os resultados da comissão designada pelo Conselho Nacional de Educação “CNE/MEC” e pelo Movimento Empresarial pela Inovação “MEI/CNI” que está a definir as novas diretrizes dos cursos de engenharia.
Vários temas foram destacados como relevantes para a concepção destas novas diretrizes. Para discuti-los foram criados grupos de trabalho que elaboraram propostas que serão encaminhadas à citada comissão.
No grupo de trabalho que participamos, o tema central discutiu as estratégias que os cursos de engenharia devem adotar para implantar uma educação em engenharia moderna e aderente às práticas de sucesso consagradas em países desenvolvidos.
Como resultado dos trabalhos apontou-se as seguintes estratégias, como sugestão à comissão para compor os vetores das novas diretrizes para os cursos de engenharia. São elas:
- O currículo não deve se restringir às disciplinas, mas também contemplar atividades e metodologias que privilegiem a participação ativa do aluno no desenvolvimento de competências e a integração entre os conteúdos, além de estimular a interação entre o ensino, a pesquisa e a extensão;
- As atividades práticas e as metodologias ativas desenvolvidas devem estar claramente vinculadas às capacidades desenvolvidas por elas;
- Promover a integração e a interdisciplinaridade em coerência com o eixo de desenvolvimento curricular, buscando integrar as dimensões técnicas, científicas, econômicas, sociais, ambientais, éticas e comportamentais para o desenvolvimento das chamadas soft skills além das competências técnicas;
- Inserir o estudante desde o início do curso em atividades práticas relevantes para a sua futura vida profissional;
- Utilizar diferentes cenários de ensino-aprendizagem, presenciais e não presenciais mediadas por ferramentas de TI&C, permitindo ao aluno conhecer e vivenciar situações variadas de vida, da organização, da prática e do trabalho em equipe multiprofissional;
- Propiciar a interação ativa do aluno com profissionais de engenharia desde o início de sua formação, proporcionando ao aluno lidar com problemas reais, assumindo responsabilidades crescentes compatíveis com seu grau de autonomia, incluindo ações de cooperação com as empresas;
- As IES devem prover ambientes adequados de aprendizagem ativa, além de garantir a compreensão e capacitação docente e discente para aplicação dessas metodologias.